Os irmãos Maria da Conceição Barbosa, casada com
José Lopes da Silva, Júlia Maria Barbosa
casada com Procópio Lopes da Silva e Manoel
Luiz Barbosa casado em 09/10/1909, no Rosário, com Rita Cândida da Silva, com
seus respectivos matrimônios, geraram considerável descendência “Lopes da Silva
– Barbosa”, sendo os filhos destes três casais muitos primos-irmãos (Os Lopes da Silva já foram descritos em
artigos anteriores, neste blog).
O pai destes três
irmãos Barbosas era Manoel Luiz Barbosa
da Cunha, português, nascido cerca de 1838 na freguesia de São Miguel de
Carvalho, concelho de Celorico de Basto, arcebispado de Braga, Portugal.
Imigrou para o Brasil por volta de 1870-1875. Manoel Luiz faleceu em
23/05/1902, Paula Lima, Juiz de Fora-MG com 64 anos de idade e inventário
aberto em 04/06/1902. Sua esposa, Maria Luíza da Conceição pertencia a família
Pereira Lisboa (Já descrita neste mesmo
blog).
O dito Manoel veio para
o Brasil com os irmãos Domingos Luiz
Barbosa (nascido em 29/12/1838, batizado no dia seguinte, no lugar da
Ribeira, freguesia de São Miguel do Carvalho, Celorico de Basto-PT) e João Luís Barbosa da Motta, na
companhia de Abílio Luís Barbosa, filho
do anterior, também português, falecido em Chapéu D’Uvas, Juiz de Fora-MG aos
30/05/1892, com 18 anos de idade, de febre, cujo declarante do óbito foi o tio
Domingos. Maria Barbosa da Motta,
irmã de Manoel, Domingos e João, também imigrou para o Brasil, com o marido
Antônio Ribeiro, e posteriormente casou-se novamente. Alguns irmãos
permaneceram em Portugal (Teresa, José,
Antônio e Joaquina).
As informações acerca
dos irmãos de Manoel Luís Barbosa da Cunha me foram repassadas pelo pesquisador
e amigo Sérgio Marinho, também descendente dos Barbosas. Na ocasião, recebi do
mesmo a ascendência destes cadastrada no site Family Search. Fiz a conferência
de todos registros de batismo e casamento, para confirmar as informações do
dito site. Em alguns ramos, pude avançar ainda mais, encontrando, inclusive,
uma intersecção de ascendência no Nobiliário das Famílias de Portugal, de
Felgueiras Gayo, conforme descrito no decorrer do texto.
A ascendência da
família, em formato AHMENTAFEL, é a seguinte:
1 – Manoel Luís Barbosa
da Cunha, nascido cerca de 1838 na freguesia de São Miguel de Carvalho, concelho
de Celorico de Basto, arcebispado de Braga, Portugal. Imigrou para o Brasil por
volta de 1870-1875. Falecido em 23/05/1902, Paula Lima, Juiz de Fora-MG com 64
anos de idade e inventário aberto em 04/06/1902.
PAIS
2 – José Luiz Barbosa,
batizado em São Miguel de Carvalho, Celorico de Basto-PT, a 30/05/1811, casado
na mesma localidade, em 29/10/1834, com:
3 – Maria da Motta {em
casada, Maria da Motta Barbosa}, batizada em em S. M. de Carvalho, C. de
Basto-PT, a 25/12/1813.
AVÓS
4 – José Luiz Barbosa,
batizado em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT, a 08/10/1768.
5 – Ana da Cunha,
natural da Borda da Montanha, C. de Basto-PT
6 – Manoel da Motta,
batizado em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT, a 16/11/1777.
7 – Maria Teixeira,
batizada em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT, a 10/09/1785.
BISAVÓS
8 – Luiz Antônio
Barbosa, batizado na freguesia de Santa Tecla, C. de Basto-PT a 25/08/1739. Se
casou em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT a 25/12/1767 com
9 – Maria Teixeira da
Cunha, batizada em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT a 25/11/1746.
10 – Francisco da
Cunha, batizado em Carrazedo, C. de Basto-PT a 05/08/1726.
11 – Senhorinha
Domingues.
12 – Gervásio da Motta,
batizado na localidade de Inchouzelas, freguesia de Caçarilhe, C. de Basto-PT
em 29/09/1736. Casou em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT a 05/01/1777 com
13 – Rosa Mª Teixeira
Gonçalves, batizada em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT, 28/02/1760.
14 – Antônio Cerqueira,
batizado em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT a 05/11/1749.
15 – Mariana Teixeira
Gonçalves, batizada em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT a 23/11/1752.
TRISAVÓS
16 – Luís Antônio
Barbosa, batizado em Fervença, C. de Basto-PT a 05/07/1711. Casou em Santa
Tecla a 22/07/1733 com
17 – Mariana Leite de
Moraes, natural de Nogueira, C. de Basto-PT.
18 – Manoel Teixeira,
batizado em S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT a 31/10/1700.
19 – Fabiana da Cunha,
batizada em Santa Tecla, C. de Basto-PT a 02/04/1710.
24 – Antônio Mendes.
25 – Ângela da Motta
(solteira).
26 – Domingos Teixeira,
natural da Ribeira, S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT.
27 – Ângela Gonçalves,
natural da Ribeira, S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT.
28 – Francisco Cerqueira,
natural de Rebalde, S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT.
29 – Maria Gonçalves,
natural de Rebalde, S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT.
30 – Domingos
Gonçalves, natural de Rebalde, S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT.
31 – Maria Teixeira,
natural de Rebalde, S. M. de Carvalho, C. de Basto-PT.
TETRAVÓS
32 – Manoel Barbosa, já
falecido em 1733.
33 – Ana Clemente,
natural de Fervença, C. de Basto-PT.
34 – Antônio Leite
Pereira, batizado em Crespos, S. P. Britelos-PT a 24/01/1677 (sua procedência é
informada no batismo de um dos netos). Era solteiro, falecido após 1733.
35 – Mariana Álveres,
natural do lugar de São Martinho, freguesia de Santa Tecla, C. de Basto-PT.
36 – Domingos João.
37 – Maria Teixeira.
38 – Belchior da Cunha,
natural da Lavandeira, Sª Tecla, C. de Basto-PT.
39 – Izabel Francisca,
batizada em Sª Tecla, C. de Basto-PT a 03/05/1672.
50 – Gonçalo Gonçalves,
natural de Sobreiro, S. Tiago, faleceu em Inchouzelas, C. de Basto-PT a
10/02/1731. Antes, casou-se em Caçarilhe, C. de Basto-PT a 14/10/1697 com
51 – Maria da Motta,
batizada em Inchouzelas, C. de Basto-PT a 25/03/1677, falecida na mesma
localidade, em 11/01/1740.
52 – Domingos Teixeira,
natural de Barregã.
53 – Úrsula Leite,
natural de Mendroniz.
54 – Luís Gonçalves,
natural de Robalde.
55 – Maria Gonçalves,
natural de Robalde.
56 – Antônio Cerqueira,
natural de Rebordãos, Freguesia de Infesta, C. de Basto-PT, casou na mesma
localidade a 21/12/1692 com
57 – Luzia Leite (ou
Francisca), natural de Rebordãos, Freguesia de Infesta, C. de Basto-PT.
58 – Domingos
Gonçalves, natural de Rebalde, S. Miguel de Carvalho, C. de Basto-PT.
59 – Ana Teixeira,
natural de Rebalde, S. Miguel de Carvalho, C. de Basto-PT.
60 = 58
61 = 59
62 – Manoel Teixeira,
natural do Cazal, casou em 20/02/1708 com
63 – Ângela Gonçalves,
natural de Rebalde, S. Miguel de Carvalho, C. de Basto-PT.
PENTAVÓS
68 – Antônio Lopes
Leite, casado em Crespos, S. P. Britelos a 28/05/1672 com
69 – Maria Nogueira.
78 – Antônio Francisco,
batizado em S. Tecla, C. de Basto-PT a 29/07/1637.
79 – Paula Francisca,
de Arnóia, C. de Basto-PT.
102 – Padre Pedro da
Motta, com exercício em Inchouzelas, Caçarilhe, C. de Basto-PT entre
aproximadamente 1632-1669. Teve vários filhos naturais.
103 – Catarina
Domingues.
112 – Gonçalo Martins,
natural da freguesia de Infesta, C. de Basto-PT, casou na mesma localidade a
22/07/1670 com
113 – Ana Cerqueira,
natural da freguesia de Infesta, C. de Basto-PT.
114 – Antônio
Gonçalves, natural da Barreira, Caçarilhe, C. de Basto-PT.
115 – Maria Francisca, natural
da freguesia de Infesta, C. de Basto-PT.
124 – Antônio
Gonçalves.
125 – Maria Teixeira.
126 – Jerônimo
(Hierônimo) Gonçalves.
127 – Catarina
Gonçalves.
HEXAVÓS
136 – Cristóvão Leite
(Pereira), natural da freguesia de São Salvador de Fervença, C. de Basto-PT.
137 – Maria Lopes,
natural da freguesia de São Salvador de Fervença, C. de Basto-PT.
138 – Miguel Gaspar,
natural de Crespos, casou na mesma localidade a 10/02/1634 com
139 – Joana Nogueira.
156 – Brás Francisco,
batizado em Santa Tecla, C. de Basto-PT a 02/02/1609. Na mesma localidade, a
06/05/1629 casou com
157 – Senhorinha
Catarina Martins.
158 – Domingos
Francisco Gonçalves.
159 – Maria Francisca
João.
224 – Antônio Martins.
225 – Maria Gonçalves.
226 – Antônio
Cerqueira, casou-se em Infesta, C. de Basto-PT a 17/04/1640 com
227 – Margarida
Antônia.
HEPTAVÓS
276 – Gaspar Pires.
277 – Guiomar
Fernandes.
278 – Garcia Nogueira.
279 – Maria [ilegível].
312 – Amaro Francisco,
batizado em Santa Tecla, C. de Basto-PT a 20/01/1580. Na mesma localidade, a
10/02/1602 casou com
313 – Maria Domingues.
314 – Pedro Martins,
batizado em Santa Tecla, C. de Basto-PT a 12/03/1581. Na mesma localidade, a
03/02/1608 casou com
315 – Maria Pires,
batizado em Santa Tecla, C. de Basto-PT a 10/04/1586.
452 – Francisco
Cerqueira, natural de Infesta, C. de Basto-PT. Certamente, é o mesmo Francisco Cerqueira de Infesta descrito por
Felgueiras Gayo como “cazado na m.ma
fregª c.g.” (Nobiliário das Famílias de Portugal – F. Gayo – Título CERQUEIRAS
§ 101 N 8). A freguesia de Infesta era pequena, com poucos registros nos livros
de batismos e casamentos. A cronologia e todo o contexto são compatíveis para
inferirmos que estes “Franciscos Cerqueiras” são a mesma pessoa.
453 – Senhorinha
Francisca.
454 – Antônio
Gonçalves.
455 – Maria Álvares.
OCTAVÓS
624 – Sebastião João.
625 – Maria Alves
Gonçalves.
628 – Francisco
Martins, casado em Santa Tecla, C. de Basto-PT a 08/09/1579 com
629 – Maria Fernandes.
630 – Pedro Gonçalves.
631 – Maria Pires.
904 – Manoel Cerqueira,
“Reitor de Infesta” (Nobiliário das
Famílias de Portugal – F. Gayo – Título CERQUEIRAS § 101 N 8).
905 – “de sua manceba” (Nobiliário das Famílias de Portugal – F.
Gayo – Título CERQUEIRAS § 101 N 8).
NONAVÓS
1.258 – Pedro Fernandes
1.808 – Sebastião Pires
“da Porção”, natural da Borda da Montanha (Nobiliário
das Famílias de Portugal – F. Gayo – Título CERQUEIRAS § 7 N 7).
1.809 – Francisca Moniz
Cerqueira (Nobiliário das Famílias de
Portugal – F. Gayo – Título CERQUEIRAS § 7 N 7).
A referida Francisca Moniz Cerqueira era irmã do
Licenciado André Cerqueira descrito por F. Gayo como “Capelão do Rei” e
“Confessor da Rainha D. Catarina”. Estes são respectivamente D. João III e sua
esposa D. Catarina da Áustria. O reinado do dito monarca compreendeu os anos de
1521 a 1557. A cronologia está compatível com o que foi descrito.
A ascendência de ambos
encontra-se no Nobiliário das Famílias de Portugal, de Felgueiras Gayo (vide referências). A obra é de domínio
público e encontra-se digitalizada, para consulta. O leitor poderá encontrar
toda a ascendência destes Cerqueiras, até os primórdios da nação lusitana e da
Europa.
Os ditos Cerqueiras,
além de sua própria origem, através das ligações familiares minuciosamente
descritas por Felgueiras Gayo, descendem de troncos/famílias fundadoras do
Reino, em especial: Freitas, Sampayos,
Pereiras, Carvalhaes, Vilarinho, Novaes, Vasconcelos, Ribeiros, Silvas, Sousas,
Coelhos, Machados, Portocarreros, Bayoens, Azevedos, Alcoforados, Peixotos,
Aguiares, Mogudos, Soverosas, Pachecos, Nóbregas, Cunhas, Espinhéis, Teixeiras,
Pimentéis, Barretos, Velhos, Alvarengas, Meirelles, Valadares, Alões, Barbosas
e o próprio D. Afonso Henriques
(1109-1185), primeiro Rei de Portugal e toda a ascendência que o mesmo traz
(D. Afonso VI, Rei de Castela, Carlos Magno, Imperador Franco, etc) ESTÃO EM
NOSSA ASCENDÊNCIA (Nobº de F. Gayo).
Para este autor, traçar nossa ascendência até os primórdios das primeiras famílias do reino português em fontes confiáveis e fidedignas é motivo de satisfação e orgulho.
BIBLIOGRAFIA:
Registros paroquiais
portugueses. Disponível em:
https://hades.tombo.pt/f/cbt07
GAIO, Felgueiras,
1750-1831. Nobiliário de famílias de Portugal / Felgueiras Gaio. - [Braga] :
Agostinho de Azevedo Meirelles : Domingos de Araújo Affonso, 1938-1941 (Braga :
: Pax). - 17 v. : il. ; 30 cm; Digitalizado e disponível em:
http://purl.pt/12151